Cabo da Polícia Militar Ambiental (PMA), Dijavan Batista dos Santos, 37 anos, foi autuado em flagrante por homicídio simples, por matar a tiro o bioquímico Júlio César Cerveira Filho, 43, em uma sala de cinema, dentro do Shopping Avenida Center, em Dourados. Ele afirmou à polícia que a vítima teria dado um tapa no rosto de seu filho, além de agredi-lo.
Conforme informações do boletim de ocorrência, o policial estava com dois filhos, de 10 e 14 anos, no cinema e o filho menor estava sentado ao lado de Júlio César, que estava acompanhado da esposa e filha. O cinema estava lotado de pessoas, a maioria crianças, para assistir o filme “Homem Aranha – Longe de Casa”.
Consta no registro policial que a vítima teria começado a abrir e fechar braços e pernas, batendo contra o menino de 10 anos. Por conta da situação, policial trocou de lugar com o filho e teria pedido para que o bioquímico parasse com a atitude, o que motivou o início da discussão.
Durante o desentendimento, vítima teria xingado o cabo e, após algumas pessoas que estavam na sala se manifestarem, o homem se levantou para ir embora e, ao passar pela criança de 10 anos, teria dado um tapa contra seu rosto.
Neste momento, conforme versão do policial, ele passou pela vítima dizendo que iria chamar a polícia. Na escadaria da sala, ele teria sido agarrado por Júlio César, que o puxou pela camisa e disse para resolverem a situação ali mesmo.
Só então o cabo se identificou como policial e sacou a arma que portava na cintura. Ele afirma que a vítima investiu novamente contra ele, tentando desarmá-lo, momento em que ele caiu e efetuou o disparo, que atingiu a vítima na região do peito e transfixou no pescoço.
Policial acionou o Corpo de Bombeiros, mas Júlio César não resistiu ao ferimento e morreu no local.
O policial foi preso por uma equipe da Polícia Militar e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde ficará detido até passar por audiência de custódia.
A arma usada no crime, uma pistola calibre .40, não tem registro e foi apreendida. Advogado da esposa e filha da vítima compareceu à delegacia e disse que eles se encontram abaladas psicologicamente, tendo em vista que presenciaram o crime, e não tem condições de prestar depoimento no momento. O advogado solicitou ainda a realização de exame de corpo de delito no filho do suspeito, para apontar se houve de fato a agressão que ele sustenta.
Testemunhas foram arroladas e serão ouvidas nos próximos dias. Além disso, o cinema tem câmeras e as imagens podem ajudar na elucidação dos fatos.
Fonte: Correiodoestado
Foto: Gizele Almeida / Dourados News