Preso levado a júri por envenenar agentes penitenciários é absolvido

Reginaldo Soares da Silva, conhecido como Rondonópolis, foi absolvido da acusação de ter envenenar seis agentes penitenciários no Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em 20 de abril de 2016. O julgamento aconteceu nesta sexta-feira (15) na 1ª Vara do Tribunal do Júri.


Durante depoimento, Reginaldo negou o crime e afirmou que foi pego como bode expiatório. “Em momento algum mexi na garrafa de café. Me pegaram como bode expiatório para me incriminar. Não cheguei perto da garrafa de café, se tivesse colocado veneno algum agente teria visto”, relatou ao juiz.

Nesta tarde, a defesa do interno exibiu os vídeos que mostram a movimentação nos corredores do presídio no dia do envenenamento e defendeu que Reginaldo não era o único com acesso as garrafas de café.

Ao definirem a sentença, os jurados seguiram o entendimento da defesa, e na dúvida se Reginaldo era realmente o autor do crime, o absolveram. O interno cumpre pena por tráfico e alegou que na época dos fatos morava em uma cela evangélica e tinha bom comportamento.

Conforme a denúncia do Ministério Público no dia do crime, Reginaldo retirou os pães da cozinha para fazer a distribuição nas celas e logo em seguida foi até à passarela 2, onde estavam as garrafa de café deixada por outro detento, que era responsável pelo preparo do café dos agente penitenciários.

Os agentes que tomaram o café passaram mal e foram socorridos ao hospital. Um dos agentes de 59 anos, que ficou mais grave, teve três paradas cardíacas e ficou dois dias e meio internado.
O caso e uma série de retaliações como ônibus queimados na cidade ocorreram após treinamentos dos agentes penitenciários recém-formados no curso de intervenção rápida na unidade.

Fonte: Campograndenews
Foto: Bruna Pache