A morte de dois internos ocorrida nesta terça-feira (31) no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, pode ter sido represália a um assassinato ocorrido no último sábado (28) no mesmo local. No sábado, foi surrado e morto Juliano da Silva Queiroz, de 36 anos.
Juliano era alojado na mesma cela com Mário Lima Barbosa (38) e Alessandro Vieira Santiago, de 32 anos, ambos no presidio desde junho passado enquadrados em crimes de furto e roubo. No sábado, em circunstâncias ainda desconhecidas os três se desentenderam e Juliano acabou morto.
Nesta terça-feira, os dois continuavam na mesma cela, sendo que todo o Pavilhão VI – Cadeia Linear teve as celas abertas liberando os internos para o banho de sol. Ao final, por volta de 10h30 Mário e Alessandro foram encontrados mortos pendurados pelo pescoço em visível simulação de suicídio por enforcamento através de terezas, cordas feitas com roupas.
Para a polícia, todo presídio, independente de facções, possui suas “leis” e nesse episódio pode ter ficado claro que os dois homens mataram sem “autorização” ou não deveriam ter matado. O crime de sábado desagradou e foi cobrado hoje, não se sabe ainda por quem.
Mário e Alessandro tinham muitas lesões e marcas pelo corpo indicando que tenham lutado e sido surrados por seus executores. O caso está sendo apurado na 3ª Delegacia pelo delegado Geraldo Marin, que ainda ouvirá funcionários da Máxima e alguns internos, mas admite não haver muito o que ser feito.
Fonte: MS EM FOCO
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