Reajuste de 4,17% dos servidores chega em 15 dias na Câmara

Em 15 dias a Prefeitura de Campo Grande deverá encaminhar a Câmara Municipal o projeto de lei referente ao reajuste dos servidores municipais. De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Gestão (Seges), Agenor Matiello, a previsão é de que o aumento seja de 4,17%, que devem ser divididos em duas partes.

Conforme o secretário, a primeira parte será de 1% e deverá incidir sobre o salário de outubro, enquanto a segunda parte, de 3,17%, será paga em novembro. O valor vem sendo trabalhado há alguns meses pela equipe econômica da prefeitura e o texto está em fase final de elaboração.

Segundo Mattiello, o reajuste dos servidores faz parte do programa de valorização dos funcionários públicos feito pela prefeitura da Capital. “Nos últimos anos os servidores sempre tiveram reajuste, mesmo com as grandes limitações que a prefeitura atravessa. Nós tínhamos algumas categorias muito valorizadas, em detrimento de outras. Então o que se busca hoje é um reajuste linear”.

O secretário afirmou que a administração busca “soluções” financeiras internas para destinar o reajuste. “É vontade do prefeito de dar reajuste a todos, entretanto nós temos limitações financeiras gigantescas e estamos buscando soluções internas”, declarou.

O pagamento de outubro, que já está há seis dias do fim, poderá ser feito em folha complementar ou em novembro ser pago em duas parcelas, acredita o secretário.

Ainda conforme Mattiello, uma forma avaliada pela prefeitura para reduzir os gastos seria a substituição de servidores de processo seletivo. “Nós já fizemos três concursos, com mais de 33 mil inscritos, só o concurso da saúde foram 20 mil inscritos, da Procuradoria-Geral do Município e de Auditores Fiscais. Então a gente pretende substituir os servidores de processos seletivos simplificados por concurso”.

Com essa mudança, a redução será de 36% da folha de pagamento de funcionário. De acordo com o secretário, servidor contratado recolhe atualmente 21,72% para o (INSS), porém, quando ele precisa de atendimento de saúde ele recorre a Servmed, plano de saúde dos servidores, o que gera demanda para o município.

“Nós estamos gastando duas vezes. Solução disso é fazer o concurso. Eu deixo de passar 21,72% para o INSS, esse dinheiro deixa de sair do tesouro municipal e o concursado passa a recolher 14% para o IMPCG (). Essa é uma das soluções internas que estamos fazendo”, explicou Mattiello.

Os aprovados em concursos deverão começar a ser chamados em 30 dias. Os primeiros a serem chamados serão os aprovados na Procuradoria-Geral, seguidos dos auditores fiscais, que não fazem processo seletivo há 10 anos. Já os candidatos do certame da saúde, que previa 623 vagas, serão convocados conforme a necessidade.