Reinaldo cita “indignação” em resposta a denúncia

Após denuncia enviada pelo Ministério Público Federal (MPF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja afirmou que confia na Justiça e que a “verdade prevalecerá”.

Segundo o governador ele recebeu com “indignação a denúncia” e aguarda o direito de defesa que segundo ele não foi concedido.

Em entrevista  ao Campo Grande News, o governador Reinaldo Azambuja, classificou como coleção de equívocos a investigação e afirma que a peça acusatória, derivada da Operação Vostok, tem como base a delação de pessoas sem qualquer credibilidade. “Basta olhar os fatos: todos os que foram presos daquele jeito, estavam aqui à disposição da polícia e da Justiça e poderiam simplesmente ser convocados para depor e esclarecer os fatos. Mas não! E nada é por acaso, não é mesmo? Foi exatamente no meio da campanha eleitoral, poucos dias antes das eleições. Uma coisa despropositada e absurda”, falou.

Um secretario próximo ao governador resumiu ao JD1 Notícias, o que parece ser a linha de defesa de Reinaldo, “em que pesem os fatos, não existe uma prova de que o governador recebeu dinheiro, não tem vídeo  nem foto, nem cueca. Querem colar nele os fatos”, alegou.

Além disso, Azambuja admite que acredita que houve manipulação contra ele. “Me sinto muito indignado, não só por mim, mas pela minha família e pessoas do nosso governo que viraram alvo. Ao final, é um grande esforço de criminalização da atividade política. Eu não aceito isso e vou até o fim pra provar minha integridade”.

Denúncia

O MPF enviou ao STJ a denúncia contra Reinaldo Azambuja e os empresários Joesley e Wesley Batista, da JBS, o ex-secretário de Fazenda do MS e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Márcio Campos Monteiro, e outras 20 pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os fatos objeto da denúncia ocorreram entre 2014 e 2016, num esquema de corrupção que envolveu o pagamento de R$ 67 milhões em propina a Azambuja e a outros denunciados e isenções fiscais e benefícios ao grupo empresarial JBS em valores que ultrapassam R$ 209 milhões.

A denúncia contra Azambuja, está baseada na delação do empresário Wesley Batista.

Fonte JD1