Integrantes da Executiva do partido Social Democrático (PSD) se reuniram, na manhã deste sábado (25), para definir os rumos da sigla, em Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da agremiação, senador Nelson Trad Filho, uma das prioridades, além da reeleição do prefeito Marcos Trad (PSD) em 2020, é a conversa com os tucanos sobre acordo firmado no passado. “Política se faz com diálogo mesmo, estamos em falta (com o PSDB), precisamos agilizar essa conversa (para alinhavar o que foi acordado)”, adiantou o senador.
O presidente do PSD estadual, Nelson Trad Filho, se referia ao “combinado” que o governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB) fez com o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, nas eleições de 2018. O prefeito apoiou a reeleição de Azambuja e em troca, a fidelidade deveria continuar em 2020. Porém, anteriormente, o presidente do PSDB regional, Sérgio de Paula, disse que essa conversa já deveria ter acontecido e que eles estão aguardando integrantes do PSD procurarem os tucanos. “Vamos fazer isso o mais rápido possível, vamos fazer isso quando o Londres (deputado estadual) voltar para as atividades na Assembleia Legislativa”, declarou o senador.
O deputado Londres Machado não participou da reunião por motivos pessoais, mas informações de bastidores é que ele seria o mais indicado para fazer essa ponte entre o prefeito e o governador, já que o parlamentar também está cotado para ser o futuro líder do governo na Casa de Leis. Isso porque o atual líder, deputado José Carlos Barbosa (DEM) estará ocupado com a pré-candidatura à Prefeitura de Dourados. O deputado Gerson Claro (PP) e Eduardo Rocha (MDB) também estariam cotados para o cargo.
O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, também não esteve presente na reunião porque estava acompanhando a filiação da médica Viviane Orro, em Aquidauana. A postulante é esposa do deputado estadual Felipe Orro e está cotada para ser pré-candidata a prefeita do município vizinho, pelo PSD.
Ainda durante a reunião com integrantes da Executiva do PSD regional, o presidente da sigla anunciou as estratégias para a eleição de 2020. “Dividimos o PSD em três segmentos, três grupos (Londres, Fábio, deputado federal e o senador), cada um ficará responsável por um grupo de municípios”, disse Nelson Trad. As atividades em Campo Grande ficarão sob a responsabilidade de Marcos Trad.
Sobre o nome da vice-prefeita para a eleição de 2020, de acordo com o senador, o prefeito da Capital terá toral autonomia para escolher, porém, deverá ser uma mulher.
A chamada janela eleitoral, período em que vereadores podem mudar de partido para concorrer à eleição (majoritária ou proporcional) de outubro sem incorrer em infidelidade partidária, ficou fixada de 5 de março a 3 de abril. O senador declarou que o partido precisa estar preparado para esse período. “Nós vamos perder alguns, mas vamos ganhar muitos”, declarou Nelson Trad Filho.
Dia 28 de fevereiro de 2020 será a próxima reunião do PSD. Integrantes da Executiva estadual apresentarão os nomes mais preparados para disputar as prefeituras, no interior do Estado.
NACIONAL
O presidente da sigla nacional, Gilberto Kassab, em dezembro de 2019, esteve em Campo Grande reunido com a Executiva estadual e, de acordo com o senador, a diretriz do presidente é que os 25 municípios com maior representatividade tenham candidatura própria. “Vamos seguir esse direcionamento, não podemos deixar o PSD morrer”, afirmou o senador.
O presidente da sigla regional alegou também que não vai abandonar antigos aliados, parceiros, mas que será necessário candidatura própria nos 25 municípios de maior relevância. “É uma prioridade que temos de dar, se não agirmos assim, corremos o risco do partido sumir”, alertou.
ELEIÇÕES 2022
Sobre as eleições para o governo do Estado, o senador Nelson Trad Filho adiantou que o partido também vai investir em candidatura própria. “São vários os quadros, temos de ver quem serão os candidatos a Senado e fazer a composição”, adiantou.
O senador reforçou que mesmo que a sigla lance candidatos em outros municípios, isso não quer dizer que o PSD é contra alguns aliados do passado. “Isso quer dizer que a gente é a favor do PSD”, finalizou.