Shopping nas Moreninhas dependeria de novo acesso ao bairro para sair do papel

Com retomada anunciada em 2017, a construção do shopping Plaza Moreninha, do grupo paulista Ícone Costa Hirota, pode estar a caminho de sair do papel, mas dependeria, ainda, que a Prefeitura providenciasse novo acesso à região.

Neste ano, o grupo teria solicitado a renovação da GDU (Guia de Diretrizes Urbanas) junto à Prefeitura de Campo Grande – o documento é necessário para alvará de construção de grandes empreendimentos e traz diagnóstico de melhorias necessárias também no entorno da obra.

A propósito, teria sido justamente devido à esta GDU que a empresa encontrou dificuldade para tocar o projeto. Segundo o guia, a construção de uma segunda via de acesso à região seria necessária, a fim de evitar congestionamentos, promover fluidez e facilidade de acesso ao empreendimento. A criação da via seria, portanto, uma exigência dos construtores.

Para dirimir a questão, uma reunião entre representantes do grupo e a Prefeitura ocorreu no início deste ano, segundo o vereador Chiquinho Telles (PSD).

“Esse projeto é antigo, desde 2012, mas a ideia só foi reacendida em 2017, nesta gestão e neste ano houve nova reunião, no começo do ano. A área está pronta para receber [o shopping], mas há alguns detalhes, que é a necessidade de uma segunda via de acesso às Moreninhas, que atualmente só temos a Rua Fraiburgo”, detalha o vereador.

O titular da Segov (Secretaria de Governo e Relações Institucionai), Antonio Carlos Lacerda, confirmou que a Prefeitura submeteu ao CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina) uma carta-consulta para a construção do novo acesso a fim de possibilitar a implantação do shopping, mas os recursos ainda não foram obtidos.

“O prefeito chegou a ir duas vezes a Brasília em busca desse recurso, mas ele não foi liberado. Seria um projeto de via diferenciado, mas que poderia incluir até mesmo a continuidade da Rita Vieira. Então, a princípio, a construção do shopping estaria dependendo dessa via”, comenta Lacerda.

Proprietário da área, o engenheiro civil Analgides Caetano, da Progemix, também mencionou ao Jornal Midiamax que a crise econômica também teria feito o grupo ser cauteloso com o investimento.

“Além disso, a análise do projeto teria sido realizada considerando que a entrada do empreendimento seria na Rua Ipamerim, e não pela avenida que deveria ser criada. Agora, nessa nova GDU, a análise deve ser corrigida”, conclui o engenheiro.

A construção do empreendimento, que ficará localizando em área de cerca de 73 mil m² na Rua Ipamerim, nas Moreninhas II, ao lado do Banco do Brasil, deverá contar com 124 lojas, duas âncoras, praça de alimentação, um supermercado e cerca de 770 vagas de estacionamento. O investimento é estimado em cerca de R$ 100 milhões.

Fonte: Midiamax