Trad anuncia projetos de revitalização da plataforma e do Armazém Cultural

Localizados no coração da cidade, o Armazém Cultural e a Plataforma Cultural, que ficam na região central de Campo Grande, serão recuperados e restaurados. O prefeito Marquinhos Trad fez o anúncio nesta tarde, durante apresentação do projeto desenvolvido pela prefeitura, por meio das secretarias municipais de Cultura e Turismo (Sectur) e Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep). A obra, que terá investimento próprio do município de cerca de R$ 600 mil, está prevista para começar no mês de agosto.

Tanto o Armazém como a Plataforma Cultural são locais emblemáticos para a história de Campo Grande, onde a estrada de ferro noroeste do Brasil abriu caminho para o desenvolvimento e a autonomia de nosso Estado, que transformou Campo Grande na metrópole que é hoje. Mas, a falta de ações nos edifícios que compõem a Esplanada Ferroviária e seu entorno comprometeu seu estado físico, além dos diversos danos ocasionados nos últimos anos, em decorrência das precipitações e rajadas de vento.

O Complexo Ferroviário de Campo Grande é considerado patrimônio tombado pelos governos federal, estadual e municipal, sendo a missão do município a sua preservação.

O chefe do Executivo Municipal lembrou que o Armazém Cultural, fechado desde 2015, interrompeu uma sequência de eventos importantes na Capital. “Esse local, por muitos anos, recebeu a feira anual de artesanato, de flores, a Semana Cultural, a Orquestra Sinfônica, entre outras atividades que foram conquistadas pelo segmento e que eram também a garantia de lazer e cultura para as famílias da cidade. Infelizmente, nos últimos anos o Armazém foi abandonado, sem manutenção e comprometimento dos antigos gestores”.

A secretária municipal de Cultura e Turismo, Nilde Brun destacou que o anúncio desta segunda-feira é uma grande largada para fazer de Campo Grande um centro de eventos e negócios. “A reforma do Armazém e da Plataforma resgata uma necessidade da Capital que tem todas as condições para tornar-se um grande centro de eventos. Tanto é que até o ano que vem estão programados eventos importantes, inclusive internacionais, que serão realizados aqui. A prefeitura está conseguindo, gradativamente, avançar neste sentido e essa obra demonstra esse compromisso”.

O projeto da Plataforma Cultural e do Armazém Cultural, prédios  localizados na Esplanada Ferroviária, receberão obras para a conservação e readequação. O trabalho está sendo coordenado pela equipe do arquiteto da Sisep, Marcelo Silva, que também foi responsável pelos projetos do atual Terminal Rodoviário e do Memorial da Cultura Indígena.

Levando em consideração o relatório apresentado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), foram realizados os levantamentos da situação atual dos prédios, que apontaram os quantitativos e orçamentos para a execução do projeto.

Serão realizadas recuperação do telhado, muros, instalações elétricas, pinturas, correções e reparação na estrutura e Projeto de Segurança contra Incêndio e Pânico do conjunto, desinterditando o Armazém Cultural, que foi embargado pelo Corpo de Bombeiros em 2016.

O projeto, que prevê ainda a adequação do Armazém cultural às normas do Corpo de Bombeiros, inclui a recomposição dos paralelepípedos e drenagem no entorno, além da pintura de toda a fachada externa dos prédios.

Armazém Cultural – O Armazém Cultural é um espaço para eventos localizado ao lado da Feira Central de Campo Grande. Com a finalidade de armazenar produtos que eram transportados pela via férrea, o Armazém foi construído em 1938. Reinaugurado em 15 de setembro de 2004, depois de ampla reforma, com a denominação de Armazém Cultural, o imóvel faz parte do complexo arquitetônico da Esplanada da Ferrovia de Campo Grande.

Com dimensões de 11,5m. x 125,90, o Armazém Cultural possui pouco mais de 1.440m2 de área livre, totalizando cerca de 1.520m2 de área construída. O Salão não possui forro, deixando aparentes as tesouras de madeira, as telhas e um duto circular do ar condicionado.

De acordo com a lei nº 4.357, de 27 de dezembro de 2005, sua denominação passa a ser Armazém Cultural Helena Meireles.

Já a Plataforma Cultural dispõe de um atelier para oficinas e workshops; uma galeria climatizada destina a exposições, chamada Galeria de Vidro, amplo espaço coberto e arejado, diante do qual ainda há o pátio a céu aberto.

O evento para apresentação do projeto de restauração e revitalização do Armazém e Plataforma Cultural contou com a presença do deputado federal Elizeu Dionízio; do diretor-presidente da Funsat, Cleiton Freitas Franco; da secretária-adjunta de Cultura e Turismo, Laura Miranda; da diretora-executiva de Comunicação Social, Lidiane Kober e da superintendente do Iphan, Maria Clara Scardini.

Fonte: Assessoria PMCG

Foto: Divulgação