O tempo seco, estiagem, calorão e clima do deserto estão com as horas contadas em Mato Grosso do Sul. Isto porque previsão indica o retorno gradativo das chuvas já a partir desta sexta-feira em algumas regiões do Estado.
O deslocamento de uma frente fria pelo centro sul do País e a mudança na circulação de ventos em níveis médios da atmosfera vão permitir o retorno das primeiras pancadas de chuva após um mês sem chuva significativa.
De acordo com a especialista em meteorologia e coordenadora do Centro de Monitoramento do Clima e do Tempo (Cemtec), Franciane Gonçalves, a virada no tempo ocorrerá efetivamente no fim de semana.
“A previsão é de pouca chuva ainda, porém será uma mudança significativa já que o estado vem sofrendo com os efeitos do tempo mais seco”, disse.
Previsão para esta sexta-feira (18) ainda é de tempo seco, com céu claro a parcialmente nublado em todas as áreas, com possibilidade baixa de chuva fraca em áreas isoladas.
“Porém o sábado e o domingo é esperado o céu nublado a parcialmente nublado, com pancadas de chuvas de fraca intensidade para todas as regiões do nosso estado”, disse a especialista.
Um cavado na média troposfera reforçará a instabilidade no sábado (19) que poderá atingir o sul e sudoeste de MS com chance para pancadas de chuvas.
As temperaturas que estão na casa dos 40°C há semanas terão ligeira queda, com mínima prevista de 15°C e máxima de 33°C.
Em Campo Grande, termômetros devem oscilar entre 18°C e 30°C.
No último dia de inverno, na segunda-feira (21), a mudança será mais significativa.
Com o avanço do cavado de onda curta e o alinhamento de ventos em baixos níveis, a instabilidade também deve se alinhas entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, provocando mudança significa no clima dessas áreas, que estão sofrendo efeitos do tempo extremamente seco, com recorde de queimadas no Pantanal.
Precipitações continuam durante a semana, com volumes significativos entre os dias 24 de setembro e 2 de outubro.
Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) referentes a primeira quinzena de setembro indicam que Mato Grosso do Sul está com volume de chuva abaixo da média histórica para o período.
As últimas chuvas aconteceram de forma expressiva e concentradas no período de 13 a 22 de agosto, desde então o Estado enfrenta a estiagem.
A falta de chuvas aliada as queimadas urbanas e, principalmente no Pantanal, deixaram o céu de Campo Grande e de cidades do interior tomado por fumaça. Nuvem acinzentada que encobre a cidade é chamada de pluma por especialistas.
Essas partículas poluentes que formam a nuvem cinza devem desaparecer com a chuva, que deve ser mais escura inicialmente.
Umidade relativa do ar, que chegou a níves críticos, de 10%, devem aumentar, podendo chegar a 80% no sábado, domingo e segunda.